Caso BPN
José Oliveira Costa, fundador do BPN, comprou em Abril de 2001 acções da SLN a uma offshore do grupo por 2,10€ e revendeu a um particular por apenas 1€. O número de títulos transaccionados e o preço coincide com a compra conjunta de acções da casa-mãe do BPN que Cavaco Silva e a filha fizeram nesse mesmo ano.
Sem revelar nomes, a operação foi ontem relatada pelo inspector tributário Paulo Silva – testemunha no caso BPN que acompanhou a investigação – durante a descrição das várias transacções de acções feitas por Oliveira Costa e pelo grupo que liderava entre o final de 2000 e 2001.
Segundo o inspector, em Abril de 2001, o ex-banqueiro viu-se obrigado a comprar a uma offshore do grupo 1,7 milhões de acções da SLN por 2,20 euros – já que os títulos de que dispunha em carteira não estavam pagos e, como tal, não podiam ser transaccionados. Desses 1,7 milhões, Oliveira Costa vendeu 250 mil "a um particular" por 1€, o que lhe causou um prejuízo de 275 mil euros. Recorde-se que o número de acções é equivalente ao número de títulos comprados em conjunto pelo Presidente da República e pela filha nesse mesmo ano. Um mês depois, em Maio, o ex-secretário de Estado de Cavaco vendeu a outro particular um lote de um milhão de acções pelo preço de 2,11€.
Cavaco Silva é o único caso conhecido de accionistas que compraram títulos da SLN em 2001 ao preço de saldo oferecido ao próprio Oliveira Costa. Segundo noticiou o ‘Expresso’, esse valor cobrado ao actual Chefe de Estado motivou até algumas críticas de outros accionistas de relevo, que pagaram valores substancialmente superiores.
Um desses exemplos ocorreu no final de 2000, quando o grupo BPN/SLN fez um aumento de capital através de uma oferta particular de venda de acções próprias. Foram criados três grupos distintos de compradores: Oliveira Costa, a Nextpart, a SLN Valor e a SLNpart compraram títulos a 1€; os já accionistas tiveram direito a acções ao preço de 1,80€; e os novos accionistas foram obrigados a pagar 2,20€ por título. Neste último grupo estão nomes como Dias Loureiro, Abdool Vakil, Capinha Lopes e José Roquette.
FUTEBOLISTAS FORAM ALICIADOS
O inspector Paulo Silva revelou ontem que vários futebolistas foram aliciados a participar no 4º aumento de capital da SLN. E citou: Paulo Sousa, Sá Pinto e Rui Costa.
Segundo o inspector, os três surgem citados num e-mail como interessados na subscrição. Contudo, como teriam o dinheiro no estrangeiro, foram usadas offshores da SLN, com crédito a descoberto, para a operação. O negócio não se fez.
In Correio da Manhã online
11/02/2011
Quando as acções foram vendidas por 2.60, o mercado dava 2.80 por elas, Marques Mendes veio dizer que Cavaco não foi beneficiado no negócio, mas não disse que Cavaco comprou por 1 euro quando o BPN as vendia por 1.80 euros! Honestos? Pois... Da Silva!
Durante a campanha Presidenciais 2011, o sr. Silva NUNCA quis esclarecer esta situação, já não falando na permuta da Quinta da Coelha - que não estava conforme o que ele afirmou, como posteriormente foi clarificado, existindo milhares de euros de diferença nesta permuta -, porque para Sua Excelência, têm que nascer duas vezes para serem mais honestos que ele! Viu-se a "honestidade" do sujeito...
O tal Silva que nunca esquece e raramente se engana... só quando lhe interessa e na defesa dos seus interesses. Só depois das eleições e depois de garantido o tacho presidencial, o sr. Silva botou faladura sobre estes assuntos, mas falando... para nada esclarecer...
Cada político, cada aldrabão!
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