Seja bem-vindo. Hoje é

Dia 5 de Junho de 2011 - Eleições Legislativas
Sócrates, o PM que levou Portugal à bancarrota e o Povo à miséria...!
Não se esqueçam deste pormenor...!
Andamos a votar nos mesmos à anos! Finalmente percebi que a culpa da crise
É DO POVO PORTUGUÊS!

“Não há princípio que não seja desmentido. Não há instituição que não seja escarnecida. Ninguém se respeita. Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos. Ninguém crê na honestidade dos homens públicos. Alguns agiotas felizes exploram. A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia. O povo está na miséria. Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente. O Estado é considerado na sua ação fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo. A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências. Diz-se por toda a parte, o país está perdido!”
Eça de Queiroz, 1872

"Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas..."
Guerra Junqueiro, 1886

segunda-feira, fevereiro 07, 2011

A geração lixada pelos 'direitos adquiridos'

Hoje, vou inserir aqui uma crónica, com as respectivas opiniões dos leitores, dado que se trata de um artigo de opinião publicado no Expresso online que só não me revoltou, como considero de muito mau gosto o produzido pelo seu autor.

É um tema para ler, reler, meditar e tirar conclusões. Aqui fica (é bem longo...)

Um casal jovem paga uma renda 25 vezes superior à renda do casalinho de 60 anos (por um apartamento idêntico no mesmo prédio). Este é o exemplo maior de uma política que beneficiou quem se instalou primeiro, isto é, uma política que lixou a minha geração.

I. A lei das rendas , a segurança social e as leis laborais criaram um ambiente que se tornou inimigo das gerações mais novas. Portugal está bloqueado em locais-chave, porque leis e direitos protegem uma geração em detrimento das mais novas. E não há maior exemplo disso do que o mercado de arrendamento. No centro de Lisboa, pessoas têm casas arrendadas por 15, 20 euros. Porquê? Porque estas rendas foram congeladas há décadas. E os políticos nunca tiveram coragem de enfrentar esta geração de inquilinos privilegiados (que têm direito a habitação quase gratuita). Resultado: a minha geração ficou sem um meio que é absolutamente central no começo da vida adulta em qualquer país civilizado e incivilizado: o mercado de arrendamento. Mais: sem a solução de um mercado de rendas competitivo (i.e., barato), a minha geração enforcou-se no crédito à habitação, contribuindo assim para o nosso maior problema: o endividamento. Mas, de forma inacreditável, os políticos não falam disto. Há um silêncio de morte sobre este assunto, porque, então, pá, há direitos adquiridos a proteger. E também não podemos reclamar contra as reformas, porque isso é ir contra os direitos adquiridos (cala-te, paga estas reformas a 80% do último salário, e terás como recompensa uma reforma nos 40%, se tiveres sorte; cala-te e trabalha). Também é pecado falar de reformas da lei laboral que deem aos empresários mais meios para criarem novos empregos (cala-te, pá, que isso é fascismo; cala-te e emigra, vai trabalhar para terras onde os direitos não são adquiridos mas trabalhados todos os dias).

II. Uma carta de uma leitora do Expresso (último sábado), Joana Cansado Carvalho, diz tudo o que há a dizer sobre a geração lixada pelos direitos adquiridos. É ler e espalhar:

"Tenho 29 anos e trabalho a recibos verdes. Para que fique claro, aqui vai a tradução: sou jovem, não vivo do subsídio de desemprego; e não tenho contrato de trabalho, não gozando assim dos direitos a ele associados (baixa, férias, etc.). Não lamento a instabilidade da minha situação (...) e gosto do que faço. No entanto, escutando os nossos políticos, os manifestantes das ruas, os participantes em debates televisivos, nunca se ouve falar do milhão de portugueses que, como eu, dependem de si próprios para se sustentarem nesta época de crise. Ninguém diz, por exemplo, que o crescimento extraordinário do país que se seguiu à entrada da CEE se fez apesar da nossa lei laboral, e não por causa dela; foi o elemento de flexibilidade representado pelos trabalhadores de recibos verdes que compensou a rigidez de um sistema baseado em direitos adquiridos por uma geração que viveu o PREC - não era mais produtiva, não estava mais bem preparada, simplesmente estava lá em 1974 (...) E quem afirma, sem papas na língua, que o dinheiro que descontamos para a segurança social é pura caridade, porque nunca vamos recuperá-lo? A questão é matemática e bastante fácil de compreender: havia muito mais gente a descontar para pagar as pensões dos reformados quando o sistema foi concebido do que há hoje em dia (...) para qualquer trabalhador a recibos verdes, as recentes alterações ao código contributivo são um insulto (...) Está na altura de lembrar aos senhores que viveram o PREC e aos políticos que têm filhos e netos na minha situação que só lhes ficava bem se percebessem que o nosso futuro depende da sua capacidade de facilitarem as urgentes reformas estruturais, abdicando dos famosos direitos adquiridos que mais não são do que privilégios inexplicados pelo passado e inexplicáveis face ao que aí vem".

Henrique Raposo (www.expresso.pt)
8:24 | Segunda feira, 7 de Fevereiro de 2011

os comentários de alguns dos leitores a este artigo:

- Á parte as questões de injustiça ainda á vista na legislação do arrendamento e no muito que ainda há a fazer na área da habitação ,no sentido de garantir o Constitucionalmente estabelecido direito à habitação, a Juventeude-os mais novos- não podem ficar de braços cruzados.como se apresenta o jovem casalinho de que Raposo se serve como imagem,e não pode virar-se contra o casal de 60 anos que paga uma renda significativamente inferior.
Porque há direitos que se adquirem e são legítimos.
Como é legitimo exigir à Juventude que se esforce mais e não fique à espera que tudo lhe caia de céu aos "trambolhões".

- Você de vez em quando lá acerta uma...

- Isto aqui não é tiro ao alvo.

- E a opinião não é por "se gostar de".É como a gravidade: tem que haver princípios.Mesmo para reconhecer quando se erra.

- "Como é legitimo exigir à Juventude que se esforce mais e não fique à espera que tudo lhe caia de céu aos "trambolhões". Eles tem sido também vitimas desta política de Sócrates. Mas concordo consigo. Muitos deles contrariamnete aos pais, não estão minimamente vocacionados para o sacrifício. E arrastaram até nalguns casos os pais para o endividamento e consumismo. Cumprimentos

- Ó águia esqueceu-se de dizer que a culpa é do Sócrates e que vai haver eleições. o PS vai perder, Sócrates fica arrumado se não for substituir Durão Barroso e o PSD vai ser a salvação da Pátria e tudo vai ser uma maravilha.

- Tem toda à razão em exigir que a juventude faça esforços. Porque o problema é que essa juventude fomos nos que à fizemos assim por a nossa juventude ser muito mais difícil.

- Em sociedade todos temos que contribuir para que ela se mantenha viva e caminhe para a frente.

- O que está errado, as pessoas têm que aprender a dar valor ás coisas, se lhes pôem em tudo numa bandeja dourada, nunca se esforçam para alcançar nada, só que os pais não duram sempre e mais tarde ou mais cedo vão dar com a cabeça na parede e aí vão culpar os pais que não lhes souberam dar uma boa educação.

- As rendas, deviam ser obrigatoriamente actualizadas para todos os arrendatários... É inadmissível que haja pessoas a pagar 5€/ mês de renda. E NÃO HÁ DIREITOS ADQUIRIDOS QUE O JUSTIFIQUEM!!! Quanto à questão dos recibos verdes, o Senhora em causa no artigo, recorra à ACT (se se tratar de um "falso" recibo verde) e eles resolvem-lhe o problema... Eu estive a recibos verdes, fiz queixa e fui admitido com contrato a termo! É certo que me mandaram embora no final do cotnrato, mas pelo menos não eternizei os recibos verdes!! O problema é as pessoas acobardarem-se! Se são verdadeiros recibos verdes, digo-lhe que é melhor ter esses rendimentos que nenhuns!

- Pois só que há muita gente a RV que precisa do dinheiro para sobreviver e que por isso não pode arriscar a ficar sem ele, entendeu??? Embora eu pense que tem razão, mas é a triste realidade e se não queres assim, rua! E aposto que a seguir a voce sair a mesma empresa colocou lá alguem a RV. Cumps

- Acredito que sim... Mas se as pessoas se calarem, nunca mais muda nada! Somos governados por bandidos corruptos de falinhas bonitas que, só não acabam com os recibos fraudulentos porque não querem... Assim, tem que ser cada um a lutar pelos seus direitos. A máfia dos sindicatos também não servem pra nada porque tinham obrigação de fazer um levantamento, a nível nacional dessas situações e denunciá-las! Mas só querem é convocar greves gerais e untar a barriga ao sol...

- A geração lixada pelos direitos adquiridos

- Eu gostava de não dar razão desta vez ao Henrique Raposo, assim como à jovem da carta. Eu já aqui abordei o assunto por mais que uma vez. Que me lembre fui até criticado de querer estar a provocar um conflito entre gerações, pais e filhos. Na verdade não é isso que eu pretendo, mas sim mais jusiça e solidariedade social. Vejamos o que acontece nas rendas de casa. Não me estou a referir áqueles casais cuja reforma é uma miséria e que pagam também uma renda no mesmo sentido e que não faltam por aí exemplos desses. Já aqui sugeri que pessoas que auferem reformas douradas e pagam rendas baixas deviam ser atualizadas e uma parte ser para os senhorios e outra para uma bolsa social para compensar todos os outros que não podem pagar. Todos sabemos que há muitos inquilinos com maior poder de compra que os senhorios. Isto é um escândalo Nacional que prejudica imenso o País e veja-se a degradação do Parque habitacional das grandes cidades. Em relação aos jovens veja-se a quantidade que está a emigrar com licenciaturas, mestradose e douturamentos, que custaram dinheiro a todos os contribuientes a vão produzir lá para fora.

- Vão para fora, porque não fazem nada ca' dentro.

- Lamento discordar. Também tenho estudos, vivo em Portugal e trabalho desde sempre. Há uma diferença: vou para onde há trabalho, seja em Portugal, seja na Europa. Mas pago os impostos em Portugal e tenho a vida organizada aqui.
Emprego igual ao dos meus pais e avo's? Claro que não! O mundo mudou, os jovens em Portugal e' que não sabem. Cumps.

- Há aqui um problema que uns e outros têm razão. Podemos arranjar argumentos dos dois lados. Faz-me lembrar as SCUTS. O 25 de Abril que abriu a esperança de todos, não tratou todos da mesma maneira. Há muita injustiça nos dois sentidos. Alguns bem podem dizer que eles comem tudo. Uns realizaram o sonho, outros ficaram com as frustações. Se olharmos para as reformas douradas de alguns como Ferreira Leite, Amaral, Cavaco, Alegre e muitos outros se percebe a injustiça.

- Se os jovens mostrassem iniciativa, eu nada diria. Mas o que me esta' a aborrecer, são estas queixas e invejas da geração da PlayStation, sem nada fazerem para mudar a situação. Eu não me queixo, mas quantos estão dispostos a ganhar a vida viajando todas as semanas? E olho para a vida dos meus pais, agora na sua confortável reforma, e sei que tinha mais qualidade humana do que a minha. Mas eles não faziam ferias no estrangeiro, só tinham uma tv e um carro. Há coisas que temos de pagar e lutar por elas. Eu não vou ter uma reforma garantida, tenho de a arranjar. E' assim a vida actual. Cumps.

- Concordo com a imagem da "geração playstation" que nunca fez nada e sempre teve tudo! Mas é necessário igualmente denunciar que muitos pais fizeram sacrifícios para proporcionar um curso numa qualquer área indecifrável condenada ao desemprego, porque não tinham informação... Foi criada a ilusão, já de há muitos anos, que neste país bastava ter um curso e era vida fácil garantida! As pessoas agarraram-se a essa ideia e agora, o choque que estão a sofrer (e ainda nem começou!) é terrível! A culpa não é só deles... Foi toda uma "organização social" que lhes foi vendida! Agora a economia real está de rastos e muitos patrões sem escrúpulos aproveitam-se para explorar os jovens que, (os que ainda querem trabalhar), têm que se sujeitar a tudo para não morrerem de fome! Outros vão continuar a viver à contas dos papás... e a jogar playstation!!

- Meu caro. Concordo plenamente consigo. Cumprimentos

- Alguma vez havíamos de estar de acordo! Essa geração dos direitos adquiridos é também muito esquecida em tudo o que diz respeito aos "deveres adquiridos", porque numa sociedade bem organizada há direitos e deveres, adquiridos ou não.
A geração dos "direitos adquiridos" esquece-se por exemplo, que nos contratos de arrendamento que lhes dão esses direitos, há duas cláusulas que sistematicamente omitem: «O inquilino obriga-se, também, sob pena de indemnização a) – A conservar em bom estado como actualmente se encontram: as canalizações de água, luz, esgotos, despejos e seus pertences, pagando à sua custa as reparações necessárias, se elas se entupirem ou romperem por sua culpa; b) – A manter em bom estado, os soalhos, vidros e pintura obrigando-se a reparar as deteriorações quando deixar a casa.» Quando se fazem aquelas reportagens sobre as condições degradantes em que vivem muitos inquilinos, alguém lhes pergunta quanto pagam de renda e quais as suas responsabilidades no estado de degradação a que deixaram chegar as suas casas? Morreu um inquilino meu há 4 anos, pagava 40€ de renda e eu ainda ando a pagar a recuperação do apartamento dele apesar do prédio ter tido SEMPRE obras de conservação! Não ganhei nada com o "negócio" porque o inquilino que lá está há pouco mais de 6 meses pagou 4 de renda e sempre "aos bochechos"!

- São os Deolinda, são os artigos em revistas e agora também o HR. Coitadinhos de no's, geração que estudou mais, tem mais conhecimentos, vive com os paizinhos, usufrui da tv cabo, internet, veste de marca, vai a espectáculos, come bem...e são uns desgracadinhos porque ainda não pagaram o carro! Há aqui qualquer coisa muito errada. Nada fazem, tudo querem, vivem melhor do que os pais com a mesma idade...e agora invejam as rendas de casa de velhotes reformados? Dispõem de mais meios e conhecimentos...e continuam a acreditar no "emprego para a vida" e no "estado-papa'"?! Ainda não perceberam que o mundo mudou? Que o emprego esta' onde estiver? Que terão de arranjar meios de subsistência, como arranjaram os que agora acusam de "ter chegado primeiro 'as benesses"? Geração acomodada, sem iniciativa, sem saber o que fazer ao que aprenderam. Geração queixinhas e invejosa. Muito triste que os jovens estejam a agir como "Velhos do Restelo", esperando um emprego igual ao dos avo's! Não nos envergonhem e façam- se 'a vida!

- 1.Tanto quanto sei, a canção dos Deolinda é um chorrilho disparatado de lamentações, contrário a tudo aquilo que defendo. Eis o que escrevi: "Não lamento a instabilidade da minha situação (...) e gosto do que faço."
2. Não vivo com os meus pais, o que implica não comer assim tão bem e quase não ir a espectáculos. Também não tenho carro – nem faço tenções de ter, já que posso movimentar-me de transportes públicos.
3. De momento, acumulo 5 trabalhos diferentes. Acho que é fazer mais do que muita gente – e só vim aqui parar porque me disseram que tinha sido citada num blogue.
4. Se acreditasse no emprego para a vida, estaria a viver do subsídio de desemprego.
5. Não só percebo que o mundo mudou, como até expliquei um dos aspectos dessa mudança: "A questão é matemática e bastante fácil de compreender: havia muito mais gente a descontar para pagar as pensões dos reformados quando o sistema foi concebido do que há hoje em dia (...)"
6. É precisamente por o mundo já não ser como era que as mentalidades, a organização da sociedade e as leis têm de se ajustar, ou ser ajustadas, a uma nova realidade.
7. Em defesa do Velho do Restelo, e apesar de não me identificar com o personagem, note-se que o senhor não era estúpido.

- Cara Joana, partilho as suas ideias apesar de andar pela idade dos “acomodados”. Você não “chora”, você reclama: e tem razão, mas não vai resolver nada. Mais novo que você, fazia parte da “esquerda”; na teoria e na “prática”. Víamos o mundo com outros olhos: a esquerda baseava-se na realidade do presente, com os olhos nas mutações do futuro; a direita com os seus privilégios, defendia os “valores”. E é aqui que reside o problema: a defesa dos valores da direita, foi substituído pela esquerda com a defesa dos “direitos adquiridos”. Que com o tempo, se tornaram “valores do passado”. “Produzimos” a Constituição mais “moderna do mundo” – como sabe, nunca fazemos nada por menos – e em vez de nos limitarmos ao direito de pensamento e expressão, concedemos direitos “materiais”. Direitos que para usufruirmos, alguém tem que os produzir, alguém tem que os pagar. O problema é que a juventude foi criada no seio da mesma Constituição que, entre outras aberrações, garante o direito ao trabalho. Como se o trabalho surgisse por decreto. Realmente à época, o sonho era uma economia planificada ao estilo União Soviética; em que o Estado “criava” empregos. Em que o que se produzia era determinado pelo Partido. Com o resultado (em outros países) de haver rolhas que não cabiam nas garrafas e pneus que não serviam nas jantes.

- Mas os jovens não podem acreditar nas conversas de “velhos” (sem ser do Restelo) que são os políticos que, no palanque “garantem”; quando nada podem garantir. Politicamente a juventude pouco pode alterar, pois os “velhos” estão em maioria; o que em termos democráticos representa votos. As hipóteses são criarem as próprias empresas, pois contrariamente aos “velhos”, têm instrução. O problema é dinheiro? Então como pensam que se criaram, no passado, a maioria das empresas? Sem dinheiro, sem instrução e… sem subsídios, houve quem, com a “cara” e a coragem tivesse começado. As actuais grandes empreiteiras, talvez tivessem começado por um pedreiro. Pode crer, se hoje é difícil, há 50 anos era muito mais. Resta-lhe a hipótese de emigrar. “Receita” de milhares dos seus antepassados. E pode crer, é melhor emigrar com instrução e sem ter que fugir da polícia. Considera o paleio injustificado porque os tempos são outros? Nisso tem razão, os tempos são outros, mas nós somos os mesmos: Novos-ricos provincianos ou “fidalgotes” arruinados. Basta ler os “clássicos” – estamos lá “escarrapachados”. Ao menos que, quebrem vocês (juventude) com a tradição. Entrem nos Partidos, e em “força”. Substituam com a “diferença”, (o que não é fácil, pois os actuais “acomodados” entraram para fazer a “diferença”) quem lá está. Cumprimentos

- bom e esclarecedor comentário! Cumprimentos.

- Parabéns Joana, precisamos de mais a pensar (e a agir) assim. A Joana é um exemplo de juventude não conformada e que procura alternativas à "casinha dos pais". Não gostei do aproveitamento que fizeram do seu comentário. Coloque a resposta que me deu em evidência, para ver se as pessoas ficam esclarecidas. Cumps.

- "Tanto quanto sei, a canção dos Deolinda é um chorrilho disparatado de lamentações, contrário a tudo aquilo que defendo." Pois é Joana ... mas isso não evitou que o nosso Raposão fizesse a associação entre as duas coisas, promovendo-se a arauto da defesa dos direitos dos jovens injustiçados. Para este "jovem", que é bem a imagem de marca da célebre geração rasca, tudo serve para confundir e baralhar ...

- Veja-se a forma como ele apanhou o escrito da menina Cansado Carvalho ou Carvalho Cansado, para atacar toda uma geração que lutou e alcançou direitos que em vez de atacados deviam ser alargados para aqueles que os não tem. Mas é mais fácil a esta gente que foi gerada pela geração que atacam, que lhes proporcionou o acesso à formação que não tiveram e que lhes estava vedada devido à falta de condições económicas, sociais e políticas, é agora acusada de ter direitos a mais, direitos estes que "lixam" os meninos raposinhos cá do burgo. Como diria alguém "porca miséria", aonde isto chega.

- Diga-me lá como conseguiram eles pagar a escola dos filhos e permitir que se atingisse todos os bens estares das gerações presentes? Portugal viveu a dar subsidios e regalias para que os votos caiam onde têm de cair. Portugal viveu acima das suas possibilidades. Já alguma coisa mudou mas nada pode mudar muito rapidamente, pq senão o povo revolta-se e uma manada de carneiro revoltos é uma dor de cabeça. Vocês são os amamentados!

- E a politica que o meu caro Raposão defende é: para lixar ainda mais a geração seguinte...

- sr. raposo: «(cala-te, paga estas reformas a 80% do último salário,» Para ser mais preciso deveria saber que actualmente as reformas são 80% da média da carreira contributiva! Antes era 80% da média dos melhores dez dos últimos quinze anos de descontos. Ah diga à Joana que no tempo da tal geração privilegiada as mulheres não tinham emprego e que 10 ou 15€ eram uma fortuna (equivalente ao esforço agora necessário). Diga também à Joana (e serve também para si) que foi graças ao esforço dessa geração que os meninos agora podem dizer que têm estudos apesar de se continuar a escrever que os estudos de agora são equivalentes à 4ª classe de antigamente com a qual - alguns, porque outros nem isso - eram lançados a trabalhar para ajudar as famílias. Ouviu falar na emigração desses tempos? Os emigrantes não exigiam boas casas e sucesso imediato. Iam habitar "bairros de lata" - o que acontece actualmente em Portugal com os africanos - trabalhar para as obras ou limpeza do lixo e as suas mulheres, quando tinham possibilidade de se juntar aos maridos, trabalhavam como empregadas domésticas. Muitos desses emigrantes alcançaram sucesso e durante anos alimentaram as finanças públicas, porque arriscaram e trabalharam. Não estiveram à espera que lhes saísse o Euromilhões. Eu vejo as "grandes dificuldades" da sua geração à 5ª, 6ª e sábado no Bairro Alto, em Santos e por todo o país. A geração "privilegiada" fica em casa cansada de trabalhar para os seus filhos "mártires".

- Viva O que o Raposão esquece de dizer e, penso até que extensivo às muitas Joanas, é que um bom electricista ganha mais do que um engº electrotécnico, um bom contabilista mais do que um licenciado em economia, e aí por diante ... Cpts

- Isso é verdade. Mas esta geração estudou mais do que qualquer outra (graças a quê? Não sabem!) e por isso só lhes serve cargos de director ou administrador muitas vezes até incentivados pelas boas intenções dos pais. Um dos meus filhos é licenciado em gestão de empresas no ISCTE onde fez também duas pós-graduações. Terminados os seus estudos foi convidado para um estágio numa multinacional o que, obviamente, aceitou. Para minha surpresa vi-o com um uniforme dessa empresa. Quando soube o que ganhava, pasmei. É claro que comecei a pressioná-lo para procurar outro emprego (as tais boas intenções dos pais). Respondeu-me sempre que para concorrer no mercado de trabalho necessitava de aprender muito e foi-se mantendo na mesma empresa. Actualmente é um dos directores e já ganha razoavelmente. Quando falamos destas coisas costuma sorrir e dizer-me: "está a ver como valeu a pena aprender e adquirir experiência? Pois é meu pai (diz-me como se eu fosse o filho) nada se consegue sem trabalho". Não sei se esta geração que estudou muito está preparada para entender que "nada se consegue sem trabalho". Cumprimentos

- Meu caro, os estudos superiores visavam dotar esta geração de ferramentas a que as outras não tiveram acesso em tão grande quantidade. A muitos desta geração dificultou-lhes a tarefa. Só têm estudos, não têm uma profissão, um ofício. Há dias numa Tv qualquer ouvi o caso de uma jovem de 25 anos, licenciada em Restauro e Conservação de .. não me recordo o quê mas penso que ligado a documentos ou museus, à procura do 1º emprego. Como não encontra, vai então fazer o mestrado e talvez doutoramento na área. Ora, para quem se licenciou aos 25 anos em licenciaturas ditas de 3 ou 4 anos, ou não foi "barra" ou algum percalço houve durante os estudos. A continuar assim, lá para os 30 vai estar de novo pronta para o mercado de trabalho, que não existe. Fará engrossar as fileiras dos mestres e doutores em tudo mas especialistas de nada. Não deveria esta jovem tentar adquirir conhecimentos noutra área ??! Cpts

- Por favor não espete mais facas no corpo do Sr. Raposo

- Perspectiva. Cada um vê a questão pelo seu próprio ângulo. Há milhares de pessoas com rendas antigas que não têm capacidade de pagar uma renda justa.Claro que o senhorio nada tem a ver com isso e deveria ser uma entidade pública a atribuir uma quantia para actualização.O difícil despejo de inquilinos caloteiros também retrai o mercado. Quanto a pensões, há muita gente que não descontou e recebe.Não nos esqueçamos que as pessoas ganhavam tão pouco que não podiam fazer pé de meia. Havia muitas profissões que nem tinham Caixa (havia para caixeiros,empregados de escritório, bancários, e pouco mais) ficando de fora construção civil, rurais,etc. Acho muito justo que se lhe atribua uma pensão de sobrevivência. Aos jovens de hoje recomendo que poupem algum para o futuro, na certeza que têm uma vida melhor do que a que tiveram a grande maioria dos velhos deste país. Muitos avós foram criados com uma bucha na algibeira e sopa de feijão com couve.

- Tem toda a razão no que diz, menos num ponto: não é justo não haver um tecto para as reformas. Não faz sentido que num país como a Suiça, onde o cutso de vida é mais caro, haver um tecto de 2000 eur máximo para as reforamas, e em Portugal termos milhares de pessoas com reformas superiores a 5000 eur. A situação é de tal forma ridícula, que o próprio actual Presidente da República abdicou do seu salário, para usufruir da sua reforma. Supostamente nenhum funcionário público e pensionista deveria ganhar mais do que o Presidente da República, mas ele prórpio tem uma pensão maior que o seu salário! Absolutamente caricato e insultuoso.

- Obviamente que concordo. Estava a referir-me às pensões dos cidadãos sem cunhas e não aos barões do regime, que conseguem sacar chorudas pensões com alguns anos de presença (Banco de Portugal e similares). Com um sistema mais justo, talvez sobrasse algum para atribuir aos pensionistas de 270 euros. cumps

- Como o meu caro bem sabe, as pensões são resultado do valor das contribuições ao longo dos anos de trabalho. Para haver um tecto para a atribuição das pensões seria obrigatório também existir para os descontos. Não deixando de ser solidário com quem recebe os tais 270€ que referiu é bom que se pense que os seus descontos para o sistema também foram equivalentes. No sistema actual as coisas funcionam desta maneira. Porém, estou de acordo que se deverá rever o sistema para que não haja gente a receber €7.000, ou mais, enquanto outros recebem €270 ou menos. Cumps

- Claro.Nestes comentários fica sempre algo por dizer. Não faz sentido descontar sobre 5 para receber 2. As pensões que denominei de barão (BP,CGD,etc) parecem não seguir esse princípio e com poucos anos atribuem-se pensões.Como se podem receber duas, ambas públicas??? Ou se trabalhou 16 horas por dia ou se descontou 72 anos de serviço!!!! Essas são as grandes injustiças cumps

- Realidade: Lendo o artigo, há algumas perguntas que quero fazer: O que fizeram os jovens como o HR para inverter a situação que hoje temos? Votar alternadamente nos politicos que nos têm (des)governado (PS, PSD e CDS/PP) ou não votar pura e simplesmente? Ou não me diga que a culpa ainda é do Vasco Gonçalves?

- O dedo na ferida ..... Ora aí está um assunto muito pertinente, mas que muitas dores provoca quando se escarafuncha .... É mesmo isso - como é possivel que os senhorios sejam forçados a ser a segurança social dos seus inquilinos? Porque razão uns compram, com muito custo, suas casas, e têm de pagar impostos, reparações, etc, etc, e outros pagam 10 euros por mês e ainda barafustam contra o senhorio por a casa necessitar de obras e contra o estado porque não lhes oferece casa nova? Como é possivel que as ditas pessoas que optaram por arrendar casa, e tendo noção da miséria que pagavam de renda, não tenham feito um pé de meia para, pelo menos, proceder a algumas reparações nas mesmas quando estas ficassem velhas? Não - para estas pessoas é o senhorio que recebe 10 euros de renda que deveria ser forçado a gastar 100 mil para lhes dar novo tecto. E o pior é isso mesmo - é a arrogância, a exigência! Alguem tem de ser forçado a oferecer-lhes habitação nova por tuta e meia!

- Enveja: E mesmo uma reacção absurda que esta geração tem de criticar pelos direitos elementares adquiridos . Se continuarem assim fazem o jogo dos que só querem nivelar os direitos pela base e fazer nos voltar aos tempos do obscurantismo e da escravatura. Desde sempre os homens evoluíram para para melhora a sua condições . Acho que o objectivo de todos é de poder elevar a sua condição social o mais alto possível e não retrogradar na sociedade . sem luta não há nada

- Apoiado.

- O CORTELHO: Era só o que faltava atribuir as culpas a uma Geração em particular! sucessivos Desgovernos que nunca regularam, a não ser o o interesse próprio, são os verdadeiros culpados. O PREC acabou em 22NOV75, tinha começado em 11MAR75, menos de um ano depois do 25ABR75. faltou juntar uma data a estas: aquela em que acabávamos com os corruptos! ...mas ainda estamos a tempo...

- Perdão: o PREC acabou a 25NOV75.

- Pedras feitas de palavras:
Desse Abril conquistado
por tamanhas afoitezas
fica um povo atado
entre tantas incertezas...

Após décadas perdidas
entre milhões emplumados,
ficam vontades vendidas
sem retornos confirmados.

São milhares de diplomados
despojados de um futuro
deixando sonhos bem firmados
em toneladas de monturo.

- E sobre o aumento da idade de reforma? "[...] escutando os nossos políticos, os manifestantes das ruas, os participantes em debates televisivos, nunca se ouve falar do milhão de portugueses que, como eu, dependem de si próprios para se sustentarem nesta época de crise.[...]" Bem, se vir só as telenovelas, ou se enfiar-se nos centros comerciais quando outros se manifestam, de certeza que não ouvirá "ninguém" falar do assunto. Não entro nessa da guerra entre gerações, norte-sul, homens-mulheres, empregados-desempregados, ou mesmo entre tendências sexuais e religiosas, como o Raposo insiste em fazer, à laia de quem combate incêndios com gasolina. Isso é conversa para imbecil consumir. A minha resposta é esta: estou farto de lutar (também) contra a vossa desistência e choraminguice. Sigam o exemplo dos que entre vós estão vivos, e não alinham nessa de que o seu emprego será à custa da miséria dos pais: "Precários Inflexíveis", "FERVE"... Mexam-se! Se vos recusam a vida, conquistem-na! É isto que digo aos meus filhos. Já agora, sr. Raposo, sabe que a emigração em massa existente antes do 25 de Abril de 1974 só regrediu com os tais "direitos adquiridos" que fizeram regressar muitos dos nosso compatriotas? Se não sabe, revela uma ignorância indigna de quem escreve num jornal. Parece-me é que não quer saber, papaguear a agenda dos que nem 500 euros querem pagar aos seus "colaboradores" é mais fácil, não é? Pergunta: e sobre o aumento da idade de reforma e do que isso significará para os mais jovens, tem opinião? Pois...

- Porque tudo nasce no supermercado: De fato a partidarite transformou a malta da pesada em robôs programados para tudo menos para o fundamental; incapazes de semear batatas, feijão, ervilhas, favas, de criar frangos, coelhos, patos, perus, etc. é a nossa triste realidade, de facto o trabalho produtivo não vos realiza; só o (trabalho) improdutivo vos dignifica: resta agarrarem-se à casáca do boy e despirem-se da pesoa que devereis ser.

- Boa!!!

- A questão está bem colocada pelo Raposanga, mas enferma do vício de estabelecer aqui uma espécie de conflito de gerações que me parece estéril, até porque o nosso escriba advoga uma política laboral que é altamente contra o emprego dos mais jovens. Em todo o caso, verifico que a força motriz da juventude está a derrubar barreiras na Tunísia, no Egipto e o que mais por aí virá. Cá, continuamos com uma juventude 'tá-se', 'bué', 'na boa', 'ó pái saca aí uns cobres por a malta curtir bué uns shots na night com o PPL'. Em suma, citando a expressão feliz de VJSilva, com excepções que as há, mas receio que a geração rasca está aí e terá vindo para ficar, sobretudo pela acomodação e amorfismo. A juventude fala , fala e não luta...

- Muitos dos nossos jovens estão numa encruzilhada sem trabalho - com os mais velhos a laborar - e eles a "sobrecarregarem" os Pais e Avós para se irem mantendo... Vamos ao essencial: - Idades da Reforma só aos 65 anos, com 40 e muitos anos de Carreira Contributiva... Ameça de facilidades de despedimento mesmo sem justa causa... - Precariedade de 15 em 15 dias em Empresas - mesmo Públicas! Quem poderá dar lugar aos novos se o Estado os amarra a trabalhar amparados em bengalas? As rendas de casa: acha que se subirem as mesmas aos mais idosos - os novos vão beneficiar? Se os séniores forem mais cedo para a Reforma - os jovens vão ocupar os lugares deles no Mundo do Trabalho? Direitos adquiridos? Olhe o que se está a passar nos cortes de salários , congelamentos de carreiras, aumento de impostos, criação de impostos camuflados - como o referido acima- os Pais e Avós obrigados a manterem os filhos e os netos em idade de trabalhar e que não tem um Estado que lho garanta. Pense primeiro e cale-se depois!

- geracao mimada: Sinceramente Henrique, ele há que ser coerente! O casalinho de 60 anos que vc fala, provavelmente comecou a trabalhar cedo, com a sua idade já eles tinham trabalhado mais que o HR irá trabalhar em toda a sua vida, com sorte fizeram a 4a. classe - e ainda hoje sabem a geografia e História de Portugal, coisa que se calhar a nossa geracao nunca saberá - e nunca puderam usufruir de baixa, férias, subsídio de desemprego, etc., já que estes nao existiam. Esse casalinho fez das tripas coracao para ter filhos com melhores vidas que eles, que nao conhecessem o que era a fome, frio, trabalho duro, miséria, pobreza. Esse casalinho esforcou-se para que os seus filhos e netos pudessem estudar para nao andarem a trabalhar que nem uns mouros, para que no fim disso tudo possam continuar a viver num prédio a cair de podre, onde o senhorio nao tem dinheiro para mandar arranjar nada devido as rendas serem tao baixas, e terem que sobriver com uma reforma ínfima que mal lhes dá para os medicamentos quanto mais para a comida. Em comparacao, nós somos de facto uns sofridos... Nao nos faltou nada quando crescemos, roupa e sapatinho de marca, férias com os amigos, telemóveis e gadgets de última geracao, carta e popó em 2a. mao aos 18, dinheiro prá gasolina, saídas com os amigos, festivais, viagem de fim-de-curso, despesas com a faculdade, mesada, comida e transportes até se arranjar trabalho, etc. Que mais Henrique? (...)

- Viver-se com os paizinhos ad eternum, nao dar dinheiro em casa, guardar dinheiro para comprar e mobilar a casinha, ter os papás a pagarem o casamento, ajudar a comprar/mobilar a casa, a comprar o popó, a pagarem a creche e o supermercado, a tomarem conta dos putos, e a entrarem com mais algum quando há despesas inesperadas. Que mais quer voce Henrique, que as geracoes anteriores facam pela nossa? Eles trabalharam no duro para terem o pouco que tem hoje, nós teremos que fazer o mesmo, nao somos diferentes, nem especiais. Que me diga que é injusto andar a queimar pestana para nada? Sim, concordo, mas também foi injusto os nossos pais e avos passarem fome e frio e terem de comecar a trabalhar aos 7 anos sem poderem ir a escola. Há que nos deixarmos de pedantismos e vivermos de acordo com o que ganhamos. Se queremos mais, criamos as nossas próprias oportunidades, seja aí ou lá fora, que os nossos pais (salvo as raras excepcoes) também nao tiveram nada de mao beijada. E o Henrique - e o resto da minha geracao, estarem-se a lamuriar por nao terem direito a esses "direitos adquiridos" só demonstram petulancia e falta de humildade; como será que o país vai crescer com voces, questiono-me? Cumps,

- BRAVOOO!!!

- Concordo com a sua caracterização da geração mimada, porque se calhar a Sara é efectivamente uma mimada... Mas deixe-me apresentar-lhe outra! Há outros actuais "diplomados" cujos pais e avós, para terem casa, passaram igulamente fome mas construiram a sua própria casa (pobre) num qualquer ermo do Portugal profundo, criaram 7/10 filhos, passaram fome para eles irem estudar para a primária. Depois, mandaram-nos trabalhar porque não tinham dinheiro pra mais... alguns desses, foram estudar na mesma, a ganharem uns tostões aos fins-de-semana e nas férias e conseguiram tirar o dito "diploma"... E sabe o que andam a fazer muitos desses??? Eu digo-lhe! Andam a trabalhar a recibos verdes (1000€/ mês, dos quais vão dar 300 ao estado) e a descontar para pagarem as reformas milionárias a uns certos "avós" que nunca fizeram nada na vida a não ser comer à cotna do Estado... Estes jovens não têm dinheiro para comprar casa, muitos nem sequer para arrendar uma aos preços actuais! E muitos ainda têm que pedir aos pais que lhes dêm uma juda dos 300€ que recebem depois de uma vida interira de trabalho!

- Meu caro, sem querer ser displicente, entao que emigrem, ninguém os obriga a ficar se nao gostam do sistema e se nao o conseguem mudar... Eu já há mais de 5 anos que me cansei de viver num país de pedantismo e injusticas sociais, por isso saí. E nunca estive desempregada, era efectiva e tinha a minha casa - já que comecei a trabalhar aos 19 anos e paguei pelo meu próprio curso. A si também lhe recomendo a leitura do artigo da Ines Pedrosa. Eu, nascida pós Abril, sou nova o suficiente para nao ter vivido, mas responsável o suficiente para me informar. Sou afortunada por ter gente de todos os tipos na minha família, e mesmo que nao o tivesse, tenho olhos e ouvidos para ver que a grande maioria dos Portugueses tem origens humildes e sao pessoas de trabalho. O problema é que a geracao dos nossos pais e avos fizeram tao bem o seu trabalho que a minha geracao se tornou numa geracao de pseudo-intelectuais e doutores, que se presume com direitos, esses sim, adquiridos, que nao fez por ter. Que avós sao esses que o sr. fala, diga-me? Sao os mesmos que sobrevivem com pensoes mínimas, a contarem tostoes? Quem é esta gente que o senhor fala que nao trabalhou no duro a vida toda? Uma mao cheia de afortunados? Acha mesmo que esses sao a maioria? Nao concordo de facto, que a minha geracao seja condenada ou a esta miséria profissional e pessoal, ou ao exílio, mas o futuro está nas nossas maos, nao podemos é ser injustos e arrogantes relativamente aos nossos antepassados.

- Concordo com a sua postura e dou-lhe os parabéns pela sua iniciativa para ir procurar ganhar a vida noutras paragens... Mas depreendo, dos seus escritos, que é esse o conselho que tem para todos os jovens! Ou seja, ponham-se a andar deste barco porque está roto e afundar-se!! Pois eu não acho que deva ser esse o conselho a dar... Acho que os jovens, os que ainda querem trabalhar e que não têm dinheiro para playstations, devem exigir que haja justiça neste país (pelo menos alguma!). Os avós de que falo, são a minoria que levou o país ao estado em que está e que continuam a viver à conta dos (cada vez menos) que trabalham... Os pré-reformados aos 50 anos, com 5000€. Alguns desses nunca fizeram NADA! Critico todos aqueles que recebem reformas milionárias e, muitas vezes, várias... Critico as sanguessugas que surgiram no rescaldo da revolução que tanto defendem e que ainda hoje, com as suas teias corruptas vivem à grande à custa da exploração de quem trabalha! São esses avós (uma minoria) que levaram a riqueza do país e que com os seus tentáculos subjugam toda uma populaçã... A solução não é fugir para o estrangeiro. Essa é a solução fácil!

- Fácil? O senhor diz-me que ser-se emigrante é fácil? Admito que sim, que eu tenha uma vida mais comfortável que imigrantes mais humildes, sem educacao e sem dinheiro, mas digo-lhe que bater-se com a porta nao é fácil, nao seja displicente se nunca o fez. Fácil é ficar em casa dos pais a receber uma ninharia e queixar-se que o país nao nos dá oportunidade, ao mesmo tempo que se compra o gadget da moda e se vai ao festival do momento. Fácil é ficar-se no comforto do que se conhece, na vidinha pequenina do dia-a-dia, com os amigos de sempre, fácil é nao ter de se esforcar para se integrar numa cultura e língua que nao é a sua e ser aceite! Fácil é nao ter que se sentir culpado e dividido por nao conseguir encontrar uma maneira de contribuir para o país sem ter que o deixar. Mas tem razao de facto, apesar disto tudo, é de facto mais fácil nao ter que viver num país de pedantismo e injusticas sociais, no qual a minha geracao nao só nao é parte da solucao, mas como é parte do problema. Fácil é poder-se respirar e ter-se liberdade para ir a luta por aquilo que se quer sem ser necessário atacar o outro que tem aquilo que queremos, como o nosso caro HR está a fazer. Pois garanto-lhe que tudo isto é mais fácil, e acho que sim, que todos os jovens desse país deveriam dizer basta e bater com a porta, talvez se todos pudessem respirar, quica nao voltariam com uma visao diferente de olhar para as coisas que nao fosse a de culpar todos e mais algum pelas nossas desgracas.

- Conheço muito bem a vida de emigrante! Já o fui por várias vezes e em vários países porque não tive pais que me mantivessem à boa vida! Só não o sou actualmente porque, infelizmente, não consegui (e tenho tentado) arranjar algo onde possa exercer alguma função com a minha qualificação! E, claro, porque, por enquanto, tenho trabalho cá! O que não concordo é que (porque teve, de facto, o querer, a coragem e a sorte de conseguir sair do país e orientar a sua vda) sejam colocados todos os jovens no mesmo saco. Há-os (milhares deles) que querem e precisam de trabalhar e o mesmo Estado que lhes vendeu as ilusões, não lhes dá oportunidades... Têm que se sujeitar a ciaxas de supermercado, trabalhadores nas obras, servirem à mesa, etc., a ganhar o ordenado mínimo! NÃO concordo que, após anos de investimento (com todos os sacrifícios dos pais ou dos próprios), se atirem as pessoas para a lama e "desenrasca-te"!!!

- "Eu, nascida pós Abril, sou nova o suficiente para nao ter vivido, mas responsável o suficiente para me informar". PARABÉNS. Esta é uma frase que define ( e resume ) quase toda a croniqueta do Raposo. Se ele fosse responsável e se informasse sem preconceitos e com vontade de aprender evitavam-se os disparates que este senhor aqui deposita de uma forma regular.

- os meus parabéns pelo excelente comentário à crónica do menino Raposo! E ainda haveria muito mais a acrescentar para quem não soube o que realmente a vida custou aos casalinhos de 60 anos...

- precisa-se memória... Henrique, meta os olhos na Ines...

- Mas pior que a situação das rendas, que prejudicam essencialmente os donos dos imóveis, é a situação das reformas... Este governo de atrasados mentais, rapidamente foi ao bolso aos trabalhadores. Mas tocar nas reformas milionárias, nada!!! ISSO É A MAIOR VERGONHA NACIONAL... Temos centenas (senão milhares) de pessoas (ex: ex-militares) pré reformados aos 50-55 anos, a receberem de 2500€ até mais de 5000€/ mês, cheios de saúde, para andarem a passear por aí à conta dos impostos de quem trabalha! Pergunto: porque é que estas aberrações existem??? Porque é que estes Sr's têm estes "direitos adquiridos" intocáveis??? QUE PAÍS É ESTE??? Aqueles que dizem para a juventude lutar... É certo que a juventude tem que lutar, ma é preciso dizer-lhes para que é que devem lutar!! Será para manter os revolucionários do PREC à boa vida??? Será para assegurar as reformas milionárias a uns milhares de MAMÕES e, quando chegarem à reforma, não terem ditreito a NADA??? QUE PAÍS É ESTE???

- Conversa da treta... «Um casal jovem paga uma renda 25 vezes superior à renda do casalinho de 60 anos» afirmou o cronista. Desta vez tenho de lhe puxar as orelhas porque você afirma uma alarvidade e não tem puto de conhecimento da realidade. Pelo menos, por aquilo que afirma, é o que dá a entender e quando não se tem conhecimento da realidade e escreve-se prosas num jornal, deve ter-se a humildade de... não escrever! Pois jovem Henrique Raposo, não sei se o tal casalinho é você e a sua consorte, mas o meu caso é o seguinte: resido num prédio antigo que tem uma renda superior em 847% a um um vizinho do mesmo prédio, com mais uma assoalhada que eu. E ambos, somos casalinhos com mais de 60 anos... A vantagem deste vizinho, nesta colossal e disforme importância, é que ele foi para lá viver no tempos das vacas gordas e eu no tempo das vacas magras! E olhe que as paredes da minha casa arrendada não são folheadas a ouro, não tenho puxadores de platina nas portas, nem WC ou cozinha forradas a mármore italiano... Ah! E os móveis são todos de minha pertença! E vc enterra-se até ao cimo quando afirma que «leis e direitos protegem uma geração em detrimento das mais novas.» Vc nunca soube o que foi começar a trabalhar aos 14 anos e a ganhar 400 escudos/mês (2 euros actuais). Tenha mais respeito por quem sofreu privações, regimes ditatoriais e carências de todo o tipo! Não ofenda quem criou para si e para os da sua geração, o que hoje pode desfrutar mesmo que que este pseudo-regime "democrático"seja uma treta.

- Concordo a 100%

- Não é admissível que se pague pelo mesmo bem valores tão diferentes. Não é justo, é imoral e se calhar inconstitucional. A falta de um verdadeiro mercado de habitação é um dos maiores cancros deste país. Responsável pela desertificação dos centros das cidades e pelo crescimento urbano desordenado, com reflexos nos elevados custos da mobilidade. É ainda responsável pelo elevado endividamento das famílias, nomeadamente as recém constituídas. Não faz sentido proteger um direito que não é universal.

- Literacia politica. O sr HR ainda se arrisca a levar um par de estalos dentro da sua própria casa se o seus papás ou avós lerem este seu artigo.Só lhe falta sugerir que se dê uma injecção atraz da orelha dos velhos.Cosuma se dizer que antes de começar a correr tem de se aprender a andar,é um processo cognitivo,só gente mentalmente coxa como o sr HR terá problemas.Tenho uma duvida em relacção a voce,porque não sei precisamete se è ignorante ou provocador,ou será ambas.Não faz muito tempo que se propos na assembleia uma proposta de lei para rendas subsidiadas e foi regeitada e voce jovem não escreveu uma linha sobre o assunto como éra seu dever.E os jovens que que érem os pricipais benenefeciários ondem estavam?Eu hoje com 55 anos sou ainda trabalhador activo e não vou ter qualquer tipo de privilégio e se tenho alguns,lutei por eles com gréves e protestos a porta da Ass. da Rép.(sabem o que é isso?que me custou muito dinheiro.As liberdades e garantias não se obtem por jogar em qualquer tipo jogo de sorte ou azar,tem de se lutar por élas.

- Filhos da mãe, os velhinhos: Também concordo, a culpa de tudo isto é dos velhinhos que estão a mais nste país, afinal o filme ( Este país não é para velhos), foi baseado neste jardim á beira mar plantado. Qual é a solução, oferecer uma capsula de cianeto como prémio por uma vida de trabalho? Não se esqueça Sr. Henrique que esses filhos da mãe. os velhinhos, não estão melhor que você, o melhor será preparar a sua saída de cena antes de chegar a velho, pode não ter que lhe limpe o rabo.

- Mais uma Raposice ...Felizmente ainda há muitos jovens que não se identificam com o facilitismo da crítica pela crítica, com as constantes queixinhas , com os que tudo querem sem nada fazerem para o merecer. Não partilho conceitos ( ou frases) do estilo " antigamente ainda era pior" porque, ao aceitar isso, estaria a negar tudo aquilo porque muitos da minha geração lutaram. Eu quero o melhor para as gerações vindouras; elas não são responsáveis pelo obscurantismo que assolou o País ! Mas não posso compreender que se queira converter a escassez de oportunidades de trabalho dos jovens ( que é real ) num conflito de gerações. Os “jovens” do género Raposão os que dão sentido à expressão “geração rasca”. Confundem “anos de permanência no ensino” com “jovens altamente qualificados”, mas não vamos cometer a injustiça de julgar toda uma geração por estes comportamentos egoístas. Se há algo que possa caracterizar o “espírito” da juventude será o direito à utopia e a indignação. Não coarctemos esses sonhos, nem nos deixemos contaminar pelo veneno dos “ Raposões “

- Ólha-me este!!! Ó HR, herdaste as casinhas dos papás e dos vovós e agora queres pô-las a render e viver à sombra da palmeira? Trabalha e deixa de ser malandro!!!

- Bingo !!!

- À pois é. Não sou jovem, 62 anos no próximo dia 28, ainda trabalho e há muitos mas mesmo muitos anos a recibo verde. Tenho casa arrendada há exactmente 37 anos. Hoje a renda é proporcionalmente barata, mas há 37 anos meus queridos meninos era exactamente 66,67% do meu ordenado e 47,06% do orçamento familiar. Meus queridos meninos o mundo é assim é mau mesmo muito mau. Deixem-se de choradeiras tipo calimero e tabalhem puxem pelo fisico que é o que ainda faço. E a ti Raposinho pergunto alguma vez trabalhaste? Ou chamas a isso de mandar bafos ao BARDO de ÁGUEDA trabalho?

- palavras para quê? O que vale é que ninguém se queixa neste país... Não sei de que serve fomentar o conflito geracional. Não sei para que serve comparar a renda que a minha avó paga (ou não, porque ao final de uma vida de costureira a criar três filhos, não é que conseguiu comprar uma casa?) com a que eu pago por um quarto (sim, porque como acho as rendas de apartamento muito elevadas, prefiro juntar o dinheiro e partilhar casa com outros jovens trabalhadores), porque ao fim do dia, isso não nos resolve problema nenhum. Choca-me que gente da minha geração, e das anteriores, se perca tanto no "a culpa é vossa que nos deixaram o país assim", ou no "vai trabalhar, mandrião". Não é por aí. Entre muitas outras coisas, ocorre-me que já há muito tempo que é feita esta conversa. Para um jovem trabalhador, claro que é duro pensar que se anda a estudar anos a fio para depois acabar num estágio (tão agora na berlinda do roça-a-escravatura) pouco ou nada remunerado.
O que é preciso é vontade...(mas vontade só não enche o estômago), se não consigo viver do meu salário, da profissão para a qual estudei, e se tenho a decência de não "mandar para cima dos pais que me sustentaram até acabar o curso" mais um pedido de ajuda, que me resta fazer? Trabalhar noutra coisa qualquer. Embora triste, porque revela o estado em que estamos, não é vergonha nenhuma. Isso dos "doutores" um dia há-de deixar de fazer sentido.

- Um erro do Estado Novo? Por razões profissionais, tive, a dada altura, oportunidade de me debruçar sobre as discrepâncias do mercado de arrendamento. Se bem me lembro, os erros legislativos que proporcionam, como V. Exª diz, que os idosos beneficiem de rendas simbólicas que distorcem esse mercado começaram já em 1966, ao tempo do então Ministro da Justiça, Prof. Antunes Varela. Nesse ano aprovou-se o actual Código Civil e perdeu-se a oportunidade de colocar todos os arrendamentos no mesmo saco, mantendo regimes de excepção para Lisboa e Porto. A partir daí foi um acumular de pragmatismos generalistas e falta de coragem. Contudo, e para atalhar caminho, não é o ACTUAL regime que está errado. São as excepções. E mesmo para as excepções há um fundamento muito forte: evitar que ALGUNS dos idosos que delas beneficiam vão viver, de um dia para outro, para debaixo da ponte.
Em suma, esse assunto talvez merecesse uma análise mais detalhada.

- Nem uns nem outros! Não se pode martelar no 8 nem no 80! Fala-se dos direitos adquiridos da geração do 25 de Abril, mas referir os que pagam rendas irrisórias que no fundo são equivalentes à sua reforma é exagerado e de má-fé! Os direitos adquiridos dos políticos pós-25 de Abril - os jotas, por ex. - e de algumas classes profissionais são a vergonha do nosso país, agora dos idosos que vivem em prédios a cair aos bocados com reformas ridículas, por favor sr. Henrique Raposo! Eu não pactuo com o chorrilho de lamentações dos Deolinda, até porque não é difícil imaginar o status económico de muitos jovens que foram assistir aos concertos... Ainda há dias li num jornal um estudante a lamentar-se da provável perda da bolsa de estudo, porque "agora vai ter que trabalhar..."!!! Estes são os direitos adquiridos das actuais gerações: as bolsas oferecidas a torto e a direito, as residências universitárias concedidas a quem vai de BMW para a universidade (isto eu já vi), a possibilidade de se eternizarem nas universidades, matrícula após matrícula, e tal facto é "digno" de admiração e estatuto perante os próprios reitores, as borgas e festas académicas ano após ano, e depois vêm chorar para a comunicação social da perda das bolsas e do supremo sacrifício que é arranjar emprego para pagar os estudos! Tudo isto e muito mais resume que nem sempre os mais antigos usufruem dos direitos adquiridos nem os mais novos são todos mártires do dinheiro mal gasto!...

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