O Reino Unido pode ser um «participante relutante» na ajuda externa a Portugal e recusar fazer um empréstimo bilateral mas terá de participar através do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira e do Fundo Monetário Internacional.
O Reino Unido participa em 13,5% no Fundo Europeu de Estabilidade Financeira, um sistema temporário para ajudar os países europeus em dificuldades, e tem uma quota de cerca de 4,5% no sistema do Fundo Monetário Internacional (FMI) para ajudar neste tipo de situações.
O que o governo britânico tem reiterado várias vezes, a última das quais pela voz do ministro das Finanças, George Osborne, no domingo, é que não haverá um empréstimo bilateral, como aconteceu à Irlanda, no valor de 3,25 mil milhões de libras (3,7 mil milhões de euros).
«A única vez em que passámos um cheque do contribuinte britânico a alguém foi à Irlanda por causa dos laços próximos, mas não nos vejo a passar outro cheque directamente do contribuinte britânico aos gregos, aos portugueses ou a qualquer outro», afirmou o ministro conservador à BBC.
Sobre o resgate a Portugal, Osborne admitiu que o governo é um «participante relutante» porque, enquanto membro do FEEF, terá de contribuir para o pacote de 78 mil milhões de euros de ajuda externa, dois terços dos quais dinheiro europeu.
«Eu não assinei essa abordagem, foi assinada pelo meu antecessor, Alistair Darling [partido Trabalhista], mas temos de viver com isso», admitiu.
O governo britânico já tornou claro, nomeadamente atrás do primeiro-ministro, David Cameron, que não irá participar no mecanismo permanente que a zona euro irá criar para ajudar países em dificuldades a partir de 2013.
A coligação no governo tem estado a ser pressionada por vários conservadores eurocéticos, nomeadamente o deputado Bill Cash, para renunciar ao acordo de participação no FEEF e a não contribuir para o resgate de outros países europeus.
In Jornal SOL online
Lusa/SOL
09/05/2011
Nota: Concordo que os outros Países não têm de ajudar quem não sabe governar um País, ou antes, até pode saber mas esbanja o dinheiro sem nexo. É que entre a incompetência de governação e a governação danosa existe uma barreira muito grande. Porque enquanto na primeira situação, os políticos governantes não têm preparação, competência e/ou capacidade para governar um País, na segunda situação poderão ter todos os predicados exigidos mas canalizam-nos para outros fins que não o da governação séria, honesta e responsável e a estabilidade sócio-económica do país. Quanto a estes "bifes" serem relutantes em ajudar Portugal, já não admira. Pergunto: para que serve, afinal, a "União" Europeia? Conversa da treta? Tachos para mais uns tantos? Acabem com a palhaçada e cada um que se governe (ou desgoverne) como muito bem entender! A culpa da actual crise não é a nível internacional! A culpa da crise em Portugal e do estado de bancarrota é única e simplesmente dos Portugueses que continuam a votar sempre na mesma pandilha que, ao fim de TRÊS DÉCADAS, já demonstrou com que finalidade "governa", ou antes, governa-se!
.
Sem comentários:
Enviar um comentário